Land Rover Diesel S 50 Produto Portuguese Version Manual
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Manual Técnico do Produto Saiba mais: [email protected] ou 0800 789001 www.petrobras.com.br
- 3 -Manual Técnico Diesel S-50 A Petrobras lançou no mercado, em janeiro de 2009, um novo óleo diesel com menor teor de enxofre, atendendo ao cro- nograma específico para esse produto. Trata-se de uma re- dução de 500 para 50 partes por milhão (ppm) de enxofre no atual combustível visando, a introdução de motores diesel de última geração, que objetivam reduzir as emissões de material par- ticulado e NOx dos veículos. O Diesel S-50 atende às exigências das mais recentes tecnolo- gias de desenvolvimento de motores e controle de emissões. Além do baixo teor de enxofre, esse combustível tem um maior número de cetano (46 mínimo), uma faixa de densidade mais estreita (0,82 a 0,85) e uma curva de destilação com um T90% evaporados de 360ºC máximo. Essas propriedades conferem benefícios na com- bustão do motor e na partida a frio. Essa iniciativa da companhia segue sua tradição de pró-ativida- de no exercício da responsabilidade ambiental e social. A partir de janeiro de 2012, a distribuição será ampliada para atender aos novos veículos diesel, com tecnologia voltada para o atendimento das fases do PROCONVE P7 e L6. Veja aqui as orientações para o manuseio do Diesel S-50. O Diesel S-50 Petrobras é o único que atende aos mais rígidos padrões de qualidade e às mais recentes tecno- logias de motores e controle de emissões. Arla 32 SCR: Selective Catalytic ReductionEGR: Exhaust Gas Recirculation Nos veículos equipados com catalizadores SCR é necessário a utilização do Flua Petrobras, Agente Redutor Líquido de óxidos de nitrogênio (NOx) Automotivo em solução de 32,5%.
- 4 -Manual Técnico Diesel S-50 Sistema de Garantia de Qualidade A Petrobras aplica rigorosos procedimentos de controle de qualidade em todas as etapas de seu pro- cesso produtivo. Ela também exige de seus fornece- dores e parceiros comerciais o mesmo rigor. Tudo isso para que seus produtos cheguem ao consumidor final com absoluto respeito a todos os requisitos de quali- dade intrínseca, adequação ao uso e exigências am- bientais.
- 5 -Manual Técnico Diesel S-50 Em função de alterações na produção do óleo die- sel, que tende a ser mais leve e profundamente hidro- genado para a redução do teor de enxofre, o mesmo apresenta algumas características diferentes de seus antecessores. Na figura 2 está ilustrado o efeito do hidrotratamento de alta severidade em algumas pro- priedades do óleo diesel, decorrente da remoção de compostos polares que atuam como promotores na- turais da lubricidade; antioxidantes naturais; e promo- tores naturais de condutividade elétrica. A condutividade elétrica consiste na habilidade do combustível em dissipar cargas eventualmente gera- das durante a transferência do óleo diesel e é função do teor de espécies iônicas. Caso a condutividade elé- trica do produto seja suficientemente alta, as cargas são dissipadas rapidamente, evitando o seu acúmulo e minimizando o risco potencial de incêndio durante o manuseio e a distribuição do produto (figura 2). Algumas operações podem ocasionar a geração (bombeio, filtração etc.) e o acúmulo de cargas elétri- cas (óleo diesel com baixa condutividade elétrica), que podem ser repentinamente liberadas. Tais descargas eletrostáticas podem ter energia suficiente para incen- diar uma mistura inflamável de vapores de hidrocarbo- netos com o ar. Entretanto, mesmo com a existência de mistura in- flamável, para que o acidente eletrostático ocorra, é necessária a ocorrência de três estágios preliminares: geração de cargas, acúmulo de cargas e descarga ele- trostática suficientemente alta. Para evitar a geração / acúmulo de cargas estáti- cas, deve ser dada atenção às práticas de manuseio e estocagem dos produtos. Além do estabelecimento de um patamar mínimo para a condutividade do óleo diesel deve-se atentar para o aterramento de tanques e caminhões-tanque, bem como para a minimização de atmosfera inflamável decorrente, por exemplo, da permuta entre carregamentos que envolvem produ- tos inflamáveis (switch loading) e do tipo de fluxo de descarga do produto. O fluxo vertical pode ocasionar a projeção do produto contra o fundo dos tanques, faci- litando a geração de carga e /ou a formação de atmos- fera inflamável (splash loading). Condutividade Figura 1 : Influência do hidrorrefino nas propriedades do óleo diesel com baixo enxofre. Figura 2 : Caracterização de um acidente eletrostático
- 6 -Manual Técnico Diesel S-50 Os aditivos dissipadores de cargas estáticas au- mentam a condutividade elétrica dos combustíveis. Entretanto, a solução não se resume ao emprego do aditivo dissipador de cargas estáticas nas unidades de produção, distribuição e revenda, mas também contempla o pleno atendimento às orientações que constam de todas as normas e práticas de se- gurança em vigor que precisam ser seguidas à risca. Recomenda-se adicionalmente que as nor- mas a seguir sejam revisitadas e estudadas: NFPA 395 - Standard 29 CFR 1910.106 – Flammable and Combustible Liquids; API Recommended Practice 2003 Protection Against Ignitions Arising Out of Static, Lighting, and Stray Currents; ASTM D4865 e NPFA 77 – Recommended Practice on Static Elec- tricity. 1 Geração de cargas • Estabelecer taxas de enchimento / vazões má- ximas, compatíveis com cada sistema; • Evitar respingos e pulverização do produto; • Evitar o escoamento do produto contaminado com água e sólidos dispersos; • Controlar a velocidade de escoamento do pro- duto ao longo de todo oleoduto; • Evitar o uso de vapor d’água nos sistemas de combustível. 2 Acúmulo de cargas • Propiciar tempo de residência suficiente a jusante de bombas e filtros para que as cargas geradas possam ser neutralizadas; • Usar aterramento para evitar acúmulo de carga decorrente de possíveis diferenças de condutividade entre os materiais envolvidos nas transferências; • Adicionar aditivo antiestático nos óleos com condutividade baixa. 3 Descargas elétricas • Remover ou aterrar promotores de faísca em tanques e vasos; • Respeitar o tempo de relaxamento das cargas elétricas estáticas geradas antes de realizar amostragens e aferições. 4 Atmosferas inflamáveis • Usar nitrogênio ou outro gás inerte disponível; • Preencher espaços livres com vapor super rico; • Evitar transferências de gasolina intercaladas com óleo diesel; • Evitar espaços livres enchendo os recipientes totalmente (sem espaço de vapor); • Operar a temperaturas inferiores ao ponto de fulgor, pelo menos 11oC abaixo; • Evitar carregar produtos dentro do intervalo de inflamabilidade da mistura vapor-ar (em condições de equilíbrio), ou seja, produtos com baixa pressão de vapor a alta temperatura e produtos com alta pressão de vapor, a baixa temperatura, por exemplo. Nas operações de transferência do óleo diesel, algumas medidas podem ser destacadas para evitar:
- 7 -Manual Técnico Diesel S-50 O valor recomendado para a condutividade elétrica do óleo diesel é de, no mínimo, 50 pS/m na especificação européia EN590 e 25 pS/m na espe- cificação americana ASTM D975, para velocidades de transferência maiores do que 7 m/s ou, no caso de transferências com velocidades mais baixas, conforme tabela 2 da referida norma. Esse valor mínimo é estabelecido para evitar problemas de acúmulo de eletricidade estática, principalmente em regiões onde a umidade relativa do ar é baixa. A ANP, em sua resolução nº 42 de 16 de de- zembro de 2009, estabelece um patamar mínimo de 25 pS/m de condutividade elétrica para o Die- sel S-50 a ser atendido pela produção e distribui- ção do combustível. Não foram identificados problemas de incom- patibilidade dos aditivos antiestáticos que ve- nham a ser adicionados ao longo da cadeia. Po- rém, é importante o cuidado com contaminação com água, pois esses aditivos são surfactantes. É importante verificar se o alinhamento a ser utilizado na movimentação está em perfeitas con- dições de uso, realizando dupla checagem do ali- nhamento, e dispor de medidor de vazão no início e final da tubulação para realizar a comparação contínua do volume de combustível bombeado. As operações de verificação, alinhamento e iní- cio de bombeio devem sempre ser realizadas por operadores experientes e que disponham de um sistema eficiente de comunicação com o pessoal da outra ponta da linha. Somente após esses cui- dados poderá ser formalizado o “pronto a operar” entre ambas as partes – a empresa que iniciará o bombeamento e aquela que receberá o combustí- vel – para que o bombeamento possa ser iniciado. Deve haver acompanhamento do bombea- mento, especialmente logo depois do seu início, quando análises de cor e densidade são altamente recomendadas a fim de prevenir a contaminação do estoque de óleo diesel no tanque que estiver alinhado para receber o combustível. Os registros de movimentações e drenagens anteriores devem sempre estar disponíveis e se- rem consultados pelos operadores e programado- res envolvidos no bombeamento. O nível de água no tanque deve ser medido imediatamente antes de iniciar um bombeamento e depois de encerra- do o bombeamento, pois essas informações pode- rão ser requisitadas pelo processo de faturamento – emissão da nota fiscal. É recomendável que todos os membros da ca- deia de distribuição de óleo diesel tenham procedi- mentos detalhados para o recebimento, armazena- gem e expedição dos combustíveis, contemplando a programação de bombeamento, relacionando todos os passos que precedem o recebimento, ar- mazenagem e expedição. Expedição por caminhão-tanque Os requisitos considerados necessários para um caminhão-tanque transportar óleo diesel estão con- tidos no decreto nº 96.044 de 15/05/1998 e na Porta- ria 59/93 do INMETRO. Os caminhões-tanque destinados ao transporte de óleo diesel devem atender aos seguintes requisitos: • Terem ponto baixo para acumulação de água e impurezas e serem dotados de dreno; • Serem estanques em relação à penetração de água e outros contaminantes; Cuidados na transferência do combustível por oleoduto
- 8 -Manual Técnico Diesel S-50 • Terem sido selecionados e programados, tendo passado por inspeção e limpeza interna prévia ao carregamento; • Terem comprovada a qualidade do óleo diesel antes do carregamento; • Disporem de procedimentos para garantir a inviolabilidade da carga; • Disporem de documentação relativa à qualidade do produto; • Estarem limpos e isentos de resíduos de detergentes e água. Rastreabilidade Tarefas relativas a um item – um estoque de óleo diesel – que será movimentado, tais como: co- municações de movimentações; amostragens; de- terminação de interfaces entre bateladas; análises de amostras antes, durante e após o recebimento; coleta de amostra testemunho; registros diversos; medições de níveis; etc. compõem, antes, durante e depois de concluída a movimentação, um con- junto de informações importantes para que uma ocorrência qualquer associada ao item movimen- tado possa ser rastreada, na medida em que surja alguma necessidade específica. Homogeneização do estoque de óleo diesel A etapa de homogeneização do estoque de óleo diesel é um passo importante para assegurar tanto um faturamento correto como a qualidade do combustível. Um estoque de óleo diesel é considerado homo- gêneo quando as diferenças de densidades relativas 20/4 ºC entre as amostras retiradas do topo, meio e fundo do tanque são menores ou iguais a 0,003. Recircular o estoque de óleo diesel do tanque com a intenção de dispersar os contaminantes no combustível – a fim de evitar sua acumulação no fundo do tanque – não é uma boa prática. É, sim, uma forma de passar o problema para fren- te. No entanto, muitos tanques contam com um dispositivo de mistura – misturadores de pás ou de jato, ambos montados no costado do tanque – para fazer a homogeneização do estoque de óleo diesel. A ação desses equipamentos irá suspender contaminantes depositados no fundo do tanque, pelo menos parcialmente. O misturador de jato é visto por alguns projetistas como menos capaz de levantar a sujeira depositada no fundo do tanque. Óleo Diesel S-50 e a sujeira nos tanques Esse óleo diesel tem características químicas e fí- sicas ligeiramente diferentes do óleo diesel de 500 ou 1800 ppm de enxofre. O S-50 é um combustível mais refinado que os seus antecessores e, graças a isso, contém tão baixo teor de enxofre. Nas refinarias, o óleo diesel bruto contendo substâncias carregadas de átomos de enxofre (S) e nitrogênio (N) é passa- do em um reator através de um leito de catalisador juntamente com hidrogênio sob alta pressão. O hi- drogênio desloca os átomos de S e N daquelas subs- tâncias, tomando seu lugar. Esse óleo diesel, agora mais rico em hidrogênio, exibe um comportamento ligeiramente mais solvente de sujeiras que o óleo Diesel S-500. Mal comparando, é como se ele fosse mais próximo de um querosene e, sabidamente, o querosene é mais capaz de limpar uma superfície que o óleo diesel tradicional. A característica mais refinada do S-50 é um as- pecto evolucionário do combustível. Por isso, é im- prescindível que se realize uma limpeza criteriosa antes da troca do inventário e que se mantenha esse mesmo rigor na rotina de limpezas periódicas em- preendida daí em diante.
- 9 -Manual Técnico Diesel S-50 Essa característica do S-50 sugere que a cadeia de distribuição de óleo diesel tenha também um passo evolucionário pela frente, pois o combustível está mudando. Um passo evolucionário ainda maior deverá acontecer na cadeia de distribuição por vol- ta do ano 2013 quando será adotado o óleo diesel de 10 ppm de enxofre, o S-10 em substituição ao S-50 e para atender aos veículos de tecnologia P7. Depois da homogeneização do estoque, o combustível deve ficar em repouso por tempo su- ficiente para que os contaminantes sedimentem. A duração do tempo de repouso tem relação com a altura da coluna de óleo diesel dentro do tan- que – o nível (metros) do combustível no tanque. Quanto maior for essa altura tanto maior será o tempo de repouso necessário para que os con- taminantes – gotas de água, partículas de óxidos de corrosão, fibras, partículas do revestimento da pintura do tanque, borras, etc. – sedimentem no fundo do tanque. A força da gravidade atua sobre as partículas puxando-as para baixo. Partículas de tamanho menor que 10 µm têm, no entanto, pequena probabilidade de sedimen- tar, pois tendem a permanecer em movimento ale- atório dentro do líquido. O tempo de repouso pode exigir de 12 a 36 ho- ras, dependendo da altura da coluna de óleo diesel. Tipicamente essas alturas variam de 4 a 14m, toman- do-se o costado do tanque como referência. Há ca- sos, no entanto, em que a turvação persiste mesmo depois de um alto tempo de repouso. Novamente, a contaminação do óleo diesel com traços de deter- gente poderá ser a causa desse problema. Mas há casos em que o tamanho das gotículas de água que formam a névoa é que responde pela maior dificul- dade de desaparecimento da turvação. Durante o período de repouso para sedimenta- ção dos contaminantes, o estoque de óleo diesel precisa permanecer sem qualquer movimentação do combustível no tanque, pois a movimentação poderia criar fluxo de combustível ascendente dentro do tanque, em sentido contrário à ação da gravidade. Retirada de amostra para análise Após a etapa de sedimentação, uma amostra re- presentativa do estoque do combustível poderá ser retirada para certificação ou inspeção da qualidade. Antes de iniciar as vendas/carregamentos, a base deve retirar amostra do combustível e avaliar sua qualidade a partir de um conjunto de análises. Deve haver documentação e/ou registro dessa inspeção da qualidade. Como água surge no óleo diesel Água pode aparecer no tanque a partir do rece- bimento de um novo estoque de óleo diesel, seja na forma de água livre, dispersa, em emulsão e/ou solúvel. Quando o óleo diesel se apresenta turvo é porque contém gotas de água muito pequenas. Elas não sedimentam e dão aspecto turvo ao com- bustível. Até uma muito pequena contaminação do óleo diesel com substância surfactante (sabões ou detergentes) tem o poder de fazer com que go- tas de água muito pequenas fiquem dispersas no óleo, causando turvação no combustível. Água surge continuamente nos estoques de óleo diesel, noite e dia, a partir da condensação da umidade do ar que entra no tanque pelo bocal de “respiração”. Desde uma refinaria até o cliente con- sumidor, o óleo diesel passa por 4 a 8 tanques e todos esses tanques têm a possibilidade de con- ter alguma água. Considerando, no entanto, que a Sedimentação de contaminantes, amostragem & certificação da qualidade
- 10 -Manual Técnico Diesel S-50 quantidade de umidade contida no ar é pequena e que a água que ficará capturada no tanque a partir da condensação será somente uma parcela da umidade do ar, não seria razoável esperar uma grande quantidade de água depositada no fundo do tanque resultante da umidade do ar. Outros fatores envolvidos na condensação de água do ar são as diferenças de temperatura e pressões par- ciais entre o meio ambiente externo ao tanque e esses mesmos parâmetros no interior do tanque. Mesmo o grau de secagem que o óleo diesel te- nha alcançado na refinaria poderá mascarar par- cialmente o efeito da condensação da umidade do ar, isto é, se o óleo diesel estiver muito seco ele absorverá total ou parcialmente a água originada da umidade do ar. Cristal de parafina É importante saber distinguir cristais de parafina no óleo diesel da turbidez resultante da presença de água. Para fazer essa distinção deve ser levada em conta a temperatura do ponto de entupimen- to de filtro a frio (CFPP) do óleo diesel. Seu valor é expresso em graus Celsius e faz parte do certifica- do de ensaio fornecido na origem pela Petrobras. No caso de o óleo diesel ficar submetido a uma temperatura ambiente menor que a temperatura de CFPP e esse óleo diesel dentro do tanque ou dentro do sistema de combustível do motor atingir essa temperatura ambiente, uma turvação poderá acontecer. Essa turvação tem grande chance de ser resultante da presença de cristais de parafina. Os cristais surgem porque as moléculas de parafina de mais alto ponto de fusão presentes no combustí- vel teriam passado do estado líquido para o estado sólido devido à temperatura estar menor que a sua temperatura de fusão. Essa é uma importante razão para que estoques de óleo diesel adquiridos duran- te os meses mais quentes do ano não sejam man- tidos estocados para serem consumidos durante as épocas mais frias do ano. Isso se explica porque a temperatura de CFPP do óleo diesel produzido durante os meses quentes é bem maior do que as temperaturas desse parâmetro do óleo diesel pro- duzido durante os meses de baixa temperatura ambiente. E deve ser notado também que a tem- peratura de CFPP de um óleo diesel produzido para consumo nas regiões norte e nordeste do Brasil é sempre maior que a mesma propriedade de um óleo diesel produzido para consumo na região sul do País. Os cristais de parafina podem causar rápi- da saturação de um elemento filtrante, assim como qualquer outra sujeira. Prejuízo causado pela água Água no fundo do tanque de óleo diesel tem o potencial de criar atividade microbiana, que degrada o combustível, gera borras e satura elementos filtrantes mais rapidamente, além de prejudicar o funcionamento da bomba injetora ou bico injetor do motor diesel. A água contribui ainda para causar corrosão em equipamentos da cadeia de distribuição de combustíveis. Figura 3 : Corrosão em componente de bomba de combustível causada por água. Cortesia da Bosch do Brasil
- 11 -Manual Técnico Diesel S-50 Água presente no tanque provoca uma série de transtornos, como o crescimento de micro-or- ganismos que se alimentam do óleo diesel. Esses micro-organismos (fungos e bactérias) só são visíveis ao microscópio e se desenvolvem entre a água e o combustível. À medida que se multiplicam, começa a surgir uma massa marrom ou preta, conhecida como “borra”. Localizada na divisa entre o diesel e a água, ou depositada no fundo do tanque, a borra causa entupimento de telas, filtros e corrosão. A Fig. 4 traz um béquer de laboratório conten- do borras de óleo diesel sobrenadando em cama- da de água. Esta é uma amostra de combustível retirado do fundo de um tanque sujo. Quando drenar água (no mínimo) A drenagem no tanque de óleo diesel deve ser feita: • Antes do recebimento novo carregamento; • Algumas horas depois de receber um novo carregamento; • Imediatamente antes de iniciar o bombeamento do combustível; • Diariamente, pela manhã. Obs: Para os devidos fins, o nível de água deve ser medido antes de iniciar uma drenagem. • Influência da geometria do fundo do tanque: declividade para a periferia -> bom para drenagem! declividade para o centro -> excelente para drenagem!! • Bacias de drenagem e dreno sifonado – Fig. 5 e 6 Figura 4: Béquer com borra de óleo diesel e água Figura 5: Bacia de drenagem de tanque com o fundo inclinado para a periferia. Figura 6: Bacia de drenagem de tanque com o fundo inclinado para o centro. Interface água-óleo diesel com crescimento microbiano Drenando água do tanque de superfície cilíndrico-vertical